O combate à corrupção pode não ser é o único prejudicado com a decisão do presidente do STF.
A controversa decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, sobre o Controle de Atividades Financeiras (COAF) pode travar não apenas o cerco à corrupção, mas também um acervo de quase seis mil inquéritos e ações judiciais sobre facções criminosas e tráfico de entorpecentes.
Entre janeiro de 2014 e junho de 2019, o COAF produziu 1.586 Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) sobre organizações, inclusive as que controlam presídios, e mais 4.391 exclusivamente sobre narcotráfico, totalizando 5.977 feitos que embasam investigações das Promotorias e Procuradorias e também das Polícias Federal e nos Estados, informa o site UOL.
A ordem de Toffoli, dada na última segunda-feira (15) a partir de um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), atinge indistintamente todos os procedimentos que alojem dados do COAF.
A determinação do ministro deve prevalecer até o mês de novembro, quando o STF coloca a matéria em votação no plenário.
Nesta quinta-feira (18), a Polícia Federal atendeu o pedido e suspendeu as investigações. A decisão foi tomada pelo corregedor-geral substituto da PF, delegado Bráulio Galloni.
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